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Tribunal da Inquisição de Coimbra - 1572 a 1821 |
Na sequência da
recente investigação, sobre a presença de cristãos novos em terras de Travanca,
fez-se uma interessante descoberta que se relaciona com a existência de um Processo do
Tribunal do Santo Ofício, Inquisição de Coimbra,
no qual era acusada de blasfémia, Paula
Fernandes, uma senhora natural da Venda de Gavinhos, freguesia de
Travanca de Lagos, isto em 24/05/1604. Refere ainda o documento que, Paula
Fernandes, era filha de António Fernandes e de Catarina Anes, encontrando-se
viúva de António Afonso, lavrador de profissão. Não constam datas de
nascimento. Vem descrito que o seu estatuto social era 1/2 Cristã-Nova. Eureca! Mais uma vez confirma-se que cristãos
novos passaram por Travanca, e não apenas só os indícios deixados nas ombreiras
das portas de granito. Pena é que poucos processos estejam tratados arquivisticamente,
e portanto, indisponíveis para consulta online. Há sempre a esperança que apareçam
mais processos da nossa região, mais concretamente de Travanca de Lagos. Outro
dado muito interessante, dessa época, é a naturalidade do Inquisidor-mor de Coimbra, João Alvares Brandão, título que auferiu
em 2/9/1603, que embora nascido em Sameice, em 1555, era filho de João Alvares
Brandão e de Catarina Alvares, ambos de
Travanca de Lagos. Ficam aqui registadas estas curiosidades!
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